Wisdom
Since everything bores me,
I began to live.
I began to live without hope ...
And may death come
When God wants.
Before, too much or too little,
Always expected:
Sometimes so much that my crazy dream
flew from the starts to the rarest;
Further, so little
That anyone else with such resigned.
Today, I hope nothing.
Why to expect?
I know now that nothing is mine if I do not own it;
If I want, it is just while I want;
Only from far, and secret, I can still love. . .
And may death come when God wants.
But, with this, what about the stars?
They are still shining, tall and beautiful.
Since everything bores me,
I began to live.
I began to live without hope ...
And may death come
When God wants.
Before, too much or too little,
Always expected:
Sometimes so much that my crazy dream
flew from the starts to the rarest;
Further, so little
That anyone else with such resigned.
Today, I hope nothing.
Why to expect?
I know now that nothing is mine if I do not own it;
If I want, it is just while I want;
Only from far, and secret, I can still love. . .
And may death come when God wants.
But, with this, what about the stars?
They are still shining, tall and beautiful.
José Régio
in 'Poemas de Deus e do Diabo'
Free english translation from Célia Ascenso
Free english translation from Célia Ascenso
© Photographer: Celiaak | Agency: Dreamstime.com
Sabedoria
Desde que tudo me cansa,
Comecei eu a viver.
Comecei a viver sem esperança...
E venha a morte quando
Deus quiser.
Dantes, ou muito ou pouco,
Sempre esperara:
Às vezes, tanto, que o meu sonho louco
Voava das estrelas à mais rara;
Outras, tão pouco,
Que ninguém mais com tal se conformara.
Hoje, é que nada espero.
Para quê, esperar?
Sei que já nada é meu senão se o não tiver;
Se quero, é só enquanto apenas quero;
Só de longe, e secreto, é que inda posso amar. . .
E venha a morte quando Deus quiser.
Mas, com isto, que têm as estrelas?
Continuam brilhando, altas e belas.
Desde que tudo me cansa,
Comecei eu a viver.
Comecei a viver sem esperança...
E venha a morte quando
Deus quiser.
Dantes, ou muito ou pouco,
Sempre esperara:
Às vezes, tanto, que o meu sonho louco
Voava das estrelas à mais rara;
Outras, tão pouco,
Que ninguém mais com tal se conformara.
Hoje, é que nada espero.
Para quê, esperar?
Sei que já nada é meu senão se o não tiver;
Se quero, é só enquanto apenas quero;
Só de longe, e secreto, é que inda posso amar. . .
E venha a morte quando Deus quiser.
Mas, com isto, que têm as estrelas?
Continuam brilhando, altas e belas.
José Régio
in 'Poemas de Deus e do Diabo'
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